Otimismo

Otimismo cultivado

É o Amor que não se cansa,
Acendendo em nossas almas
luz de nome Esperança.


(Cornélio Pires) .
Médium: Francisco Cândido Xavier.

Do livro "Degraus da Vida", edição CEU.































domingo, 31 de julho de 2011

OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS

O homem está incessantemente à procura da felicidade, que lhe escapa a todo instante, porque a felicidade sem mescla não existe na Terra. Entretanto, apesar das vicissitudes que formam o inivitável cortejo desta vida, ele poderia pelo menos gozar de uma felicidade relativa. Mas ele a procura nas coisas perecíveis, sujeita às mesmas vicissitudes, ou seja, nos gozos materiais em vez de busca-la nos gozos da alma, que constituem uma antecipação das inperecíveis  alegrias celestes. Em vez de buscar a paz do coração, a única felicidade verdadeira neste mundo, ele procura uma avidez tudo o que pode agita-lo e pertuba-lo. E, coisa curiosa, parece criar de propósito os tormentos, que só a ele cabia evitar. 
Haverá maiores tormentos que os causados pela inveja e o ciume? Para o invejoso e o ciumento não existe repouso: Sofrem ambos de uma febre incessante. As posses alheias lhe causam insonias; O sucesso dos rivais lhes provocam vertigens; Seu único interesse é o de eclipsar os outros; Toda sua alegria consiste em provocar, nos insensatos como eles, a cólera do ciume. Pobres insensatos, com efeito, que não se lembram de que, talvez amanhã, tenham de deixar todas as futilidades, cuja cobiça lhes envenena a vida! Não é a eles que se aplicam estas palavras: " Bem Aventurados os aflitos, porque serão consolados", pois os seus cuidados não têm compensação no céu. 
Quantos tormentos, pelo contrário, consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o que possue, que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer mais do que é! Está sempre rico, pois, se olha para baixo, em vez de olhar para cima de si mesmo, vê sempre os que possuem menos do que ele. Está sempre calmo, porque não inventa necessidades absurdas, e a calma em meio das tormentas da vida não será uma felicidade?


O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capitulo V 
Fénelon - Lyon, 1860.

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